sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

goodnight

chego aqui com muita vontade de digitar, mas talvez sem muito o que dizer.
faz tempo que postei pela última vez, faz tempo que os amigos cujos blogs leio também não postam.
estou tentando escrever um conto que não acaba nunca, e era ele que eu gostaria de estar postando agora. não tá dando...
sei lá, vamos ver aonde o teclado me leva...
é fim de ano, agora 00:38 do dia 26/12, e eu, assim como quase todo mundo, faço balanços e muitas reflexões nesta época. tá difícil chegar a conclusões, acho que pela primeira vez na vida não tô tendo muita noção do que vai se seguir, do que vai ser da próxima semana, do próximo mês... tudo bem, a idéia seria refletir sobre os acontecimentos do ano, pensar se foi bom, se foi ruim, se o balanço de tudo é positivo, se os fatos e as pessoas fizeram a diferença... não chego a muitas conclusões diferentes do óbvio: sim, tudo, absolutamente tudo fez a diferença! na minha vida, difícil o dia em que nada ocorre. mas este ano foi diferente, me sinto tão outra. o que de melhor aprendi foi a beleza da solidão e o quanto ela é capaz de trazer pessoas interessantes... mais ou menos como aquela metáfora do jardim e das borboletas. acho que aprendi a cuidar de mim.
quanto ao amanhã, estou tão reticente. reticente comigo mesma, reticente com todos. acho que pela primeira vez estou me permitindo isso, só não sei até quando [porque já há muito tempo aprendi a não me iludir em relação às supostas mudanças, minhas e dos outros]. um estilo 'let it be' de levar as coisas, o que até hoje nunca combinou comigo, aquela que sempre fez com que as coisas acontecessem, a autêntica forçadora de barra! nossa, e quantas barras já forcei por aí?! quantas vezes já tive o que queria? quantas vezes já quis me enterrar no primeiro buraco por causa disso?
enfim, acho que eu mereço estar justamente assim. muitos fatos ocorridos neste ano explicam tal [possível] mudança minha. afinal, tive que assumir posturas... quem diria, hein?! eu, aquela que sempre teve tudo sob controle, tudo planejadinho, milimetricamente... a vida acabou me mostrando que todo esse controle do amanhã não passa de mais um véu que vamos tecendo diante dos nossos olhos, porque isso gera o éter da segurança. assim como os textos que vou escrevendo, os fatos na minha vida têm vida própria. e eu não mando porra nenhuma.
encerro com um pequeno trecho de algo que o marquito escreveu:

Seres humanos não são meros joguetes da casualidade, tampouco são onipotentes senhores do próprio destino. Não são ingênuos fantoches do imprevisível, tampouco são hábeis titereiros de si mesmos.