terça-feira, 20 de maio de 2008

"No meu coração há uma paz de angústia, e o meu sossego é feito de resignação."

hoje estou voltada a uma filosofiazinha barata. mas não é de hoje que venho caraminholando.
algumas coisas mudaram, como, aliás, vêm mudando de uns tempos pra cá. fazendo uma retrospectiva, nossa! como as coisas mudam de um ano pro outro. daí a pergunta: sera que 'era' para ser assim? não, não é pra tanto... só porque sou a pessoa mais otimista do mundo, não quer dizer que eu tenha passado a acreditar em destino. deixo isso para os um pouco mais passivos.
semana passada fui transfeira de setor de trabalho. fiquei me borrando de medo e tal, mas agora eu tô me sentindo bem melhor em relação a essa minha decisão de aceitar o convite, de trabalhar com algo um pouco diferente, de aprender alumas outras coisas. mesmo assim, senti vontade de chorar, de voltar atrás... {vezes eu até me permito algumas humanidades!}
outras coisas na minha vida também mudaram nos últimos dias. eu fiquei triste, no fundo também aliviada.
desde então, venho trabalhando com um sistema de metas diárias, método antigo na minha vida, aliás. assim posso ficar feliz todo dia, a cada meta traçada e cumprida. felicidade meio boba, eu sei, mas altamente produtiva.
já somei dois dias de felicidade!

...

a isso dou o nome de 'a arte de se contentar com o que se tem'.
não, não é um post ácido. não é queixa. na verdade, eu até estou feliz, mesmo. não tenho frio na barriga, ilusões, desgostos. tô feliz como os tolos, que se alegram com o nada, com o feriadinho, com o não fazer nada. ando tolamente feliz com as pequeninas coisas, como os meus fones no ouvido a olhar o nada, a deitar na grama, a ficar de pés desclaços até neles sentir frio.

...

estou a 10 créditos {e uma monografia} de me formar. empolgada com isso. e, nas horas vagas, posso ficar fechada no meu mundinho de eternos chimarrões, músicas, filmes, leituras, cigarros, cafés e cervejas... isso é ser feliz!

domingo, 18 de maio de 2008

hoje o dia estava lindo,
e saí para vê-lo passar.
agora, triste, a noite
escancara meu coração partido,
mas traz a (quase) certeza
do amanhã que tudo apagará.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008

tudo o que pode ser dito hoje:

sexta-feira, 9 de maio de 2008

uma boa notícia.

muito boa mesmo. é que, volteando pelo youtube, descobri que a Camille lançou mais um cd. baixei, fiquei feliz, daqui a pouco vou ouvi-lo. melhor, péra aí, vou descompactar já...
deu, já tô ouvindo. {portanto, não posso dizer ainda se ele vale tanto quanto os outros dois}

pr'aqueles que não conhecem, vou botar aqui um vídeo. a música é la demeure d'un ciel (em versão ao vivo: ênfase pras vozes que ela vai fazendo e gravando, e que depois servem de fundo), do álbum le sac des filles (2003).


e, pr'aqueles que gostaram, deixo aqui o link dos 3 álbuns:

2003 - le sac des filles
2005 - le fil (o meu favorito, aliás)
2008 - music hole

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quinta-feira, 8 de maio de 2008


Ansiedade mil. Navega, navega, navega, pulando de janela em janela, e o que persiste... vácuo. Será o sol ainda lá fora – coisa que é capaz de fazer o horário de verão. Será isto e mais o não-segredo da sexta entupida de pessoas dentro dos botecos – “Vê mais uma aqui, ó”. E aqui? Vamos ver quem está aqui. (Mais uma passadela rápida de janelas) Opa! Talvez aí um convite, um elogio, uma proposta irrecusável e indecente. Mas o que mesmo eu queria? Uma leitura de um romance por obrigação? Um filme daqueles de rolar de rir? Uma bebida forte? Uma música (qual música?)? Um baseado?


Quem sabe passar o (pouco) tempo livre pensando em desgraças? Sim, eu sei, bem o meu tipinho, é bem uma vontade infernal de que algo aconteça para colocar definitivamente as coisas no seu devido eixo, girando em uma órbita fechada em torno de mim.


Ela estava assim no exato instante em que tocou o telefone e alguém apareceu. Alguém abstrato, um não-alguém, pois, a estas alturas, já nem interessava mais o “quem”, mas o que estivesse disposto a esticar um pano qualquer na grama e, deitado, falar coisas aleatórias, na mais profunda contemplação do estar ali. Ainda não se sabe se esse alguém preencheria de alguma forma esse pequeno e tão pouco exigente requisito.


- A que horas? Onde mesmo? Ah, sim, todo o pessoal vai estar? Certo, dou uma ligada...


É claro que não é bem isso que eu quero. Na real, nada disso. Cadê a grama e a aleatoriedade? Fica o conversê daquelas coisas “meu dia-a-dia de cansaço”, das coisas que, de tão pequenas e fáceis de dar-se um jeito, não valem a movimentação dos lábios.


De nada adiantou o telefonema, pois a proposta não era atrativa. Ao menos, falta de oportunidade não era exatamente o mal de que sofria. Pensou, como todo mundo pensa, em abrir uma daquelas tantas janelas e escrever algo misturadamente triste, melancólico e enigmático, só que ela também já sabia que este tipo de tática já não funcionava mais com os mais espertinhos e avisados, justamente aqueles cuja atenção queria despertar, pela probabilidade ser imensamente maior para a programação abstratamente tecida em sua cabeça.


terça-feira, 6 de maio de 2008

NY songs

certa vez, disse David Gilmour que gostaria de ter tido o prazer de ouvir pela primeira vez o Dark Side of the Moom, como qualquer um que comprasse o LP e deitasse no seu sofá para escutá-lo. muito antes de ele ter dito isso, eu já tinha refletido um pouco sobre esse imenso prazer de ouvir uma coisa totalmente nova, mas só depois desse comentário é que elevei esse prazer à categoria de privilégio, meu, teu, de qualquer um que queira se experimentar na aventura da audição. digo AVENTURA porque esta é uma das formas que encontro de colocar a minha fantasia pra fora, ou a forma mais eficiente de olhar pra dentro de mim, trazendo algumas das minhas fantasias lá do inconsciente. não sei...
quantas mais pessoas fazem as trilhas sonoras de suas vidas? a trilha da semana, a do findi, a da noite, a do busão. ah, vai dizer que tu nunca pensou na música perfeita pro momento X? e o percurso inverso, será que alguém já imaginou: a partir da trilha, um filme? um momento, um gesto, um sentimento... taí o interessante de ouvir algo novo, pela primeira vez. claro que nem tudo são flores, nessas aí a gente perde tempo baixando coisas ruins, ouvindo coisa ruim por causa de uma falsa propaganda. ou, como se trata de gosto, pode simplesmente não combinar com a gente, ou não ser exatamente aquilo de que se precisa naquela hora. ainda assim, vale a pena.
graças a isso, hoje fiz uma viagem incrível. em pleno D43, com meu mp3 player, fui a Nova York.

eis aqui meu passaporte: The Ditty Bops - Wishful Thinking



Não sei por quê, mas me senti andando pelas ruas de lá, de preferência dentro de um filme de Woody Allen, ou numa das histórias de Paul Auster.

Gostou? Quer baixar os álbuns?

The Ditty Bops
Moom over the Freeway

{sim, preciso confessar que não, nunca pisei em NY. sim, este post é dedicado a um certo alguém que um dia me fez amar NY, mesmo sem nunca ter ido lá.}

segunda-feira, 5 de maio de 2008

le premier

há alguns dias um desejo secreto me assola: quem sabe fazer um novo blog??? é, sim, mais um.
muitas dúvidas, que cor, que layout, blá blá blá. bueno, tudo isso já tá feito, ainda mais com a ajuda da super Nana!!!
outras coisas preocupam... será que vai durar? será que vou ter tempo? será que vou me sentir estimulada a escrever? será que vou ficar contando coisas muito pessoais? aff.
vou tentar.
ah, não escrevo texto literário. não escrevo mais. não esperem grande coisa, logo.

{P.S.: o que fica é sempre a esperança. essa história de novo blog só faz reavivar essa leve impressão que tenho de mim mesma: posso tá na m., mas meu otimismo é algo fodástico!}

por enquanto, deixo aqui a descoberta de hoje:




baixei o álbum The Dresden Dolls, de 2004. gostei do que ouvi. baixe-o agora! {senha para descompactar: roulette}