quinta-feira, 24 de julho de 2008

das férias.

.
meus pés ainda estão bem enterrados em poa, a cabeça, já na estrada.

toda vez que se aproximam as férias, a gente pensa: vou fazer isso e isso e isso e aquilo. bobagem, né. como sempre, resta-me um pouco de frustração, por - mesmo já sabendo desde sempre que isso não funciona nunca - ter feito muito pouco do que pretendia. paciência.
(mas deixemos isso, este post foi pensado pra falar de coisas boas....)

o que fez a moçoila então? a jovem manceba aqui, primeiro, trabalhou feito uma condenada, para que pudesse realizar a melhor parte das férias (na seqüência...). depois, e isto só aconteceu nos últimos dias, vi um monte de filmes, a maioria em casa, da pilha de dvds que temos de empréstimo. um woody allen bem mais ou menos (crimes e pecados - 1989), um filme (bom) sobre as torturas na ditadura argentina (o nome fico devendo...), o surpeendente taxi driver (1976 - martin scorsese) e o estranhíssimo veludo azul (1986 - david lynch). no cinema - e isso foi extraordinário - (p.s.: eu e a nana finalmente conseguimos ir juntas ao cinema!!!), vimos dois filmes realmente muito bons: não estou lá (2007 - todd haynes) e o banheiro do papa (2007 - enrique fernández / césar charlone). bom, as resenha eu deixo por conta da nana!

também tive a oportunidade de ver pessoas queridas, o que há tempos a rotina não deixava.
pude ficar um pouco mais com a minha família, até mesmo fazer uma viagem pra serra.
pude conhecer pessoas novas, ainda que não tenha dado em nada.... (e isso é outra história).
beber algumas, beijar na boca, dormir acompanhada (mas só às vezes!), ver as estrelas de um telhado no pinheiro (...)

agora estou a dois dias de buenos aires: eufórica, atucanada, paranóica... para algumas pessoas pode parecer exagero, só que, desde que saí de lá, quero voltar. e agora vai acontecer e mal consigo acreditar. também tem o fato de poder ficar praticamente 10 dias sem nada pra fazer. melhor: com muito, muita rua pra andar, muita coisa pra visitar... sair dessa loucura, das obrigações de sempre. é esse o grande motivo de eu ter trabalhado tanto, tantas horas por dia...

quando voltar de lá, no dia seguinte começa toda a roda outra vez (e mais viva do que nunca). c'est ma vie! mesmo não tendo feito exatamente o que planejara, acho que, no final de tudo, o balanço será positivo.
então até agosto :)

domingo, 20 de julho de 2008

durante muito, muito,
quase toda a minha existência,
eu quis, eu busquei, eu admirei o simétrico.
em tudo.
mas tudo se foi,
muita coisa ainda se vai:
sem que eu queira
sem que eu peça.

depois, um dia, sei lá quando
(há pouquinho)
não só me parecia interessante
mas o assimétrico começou a tomar conta.

hoje é tão mais simples:
eu não quero, nem secreta
nem inconscientemente,
a reciprocidade.
eu quero é o 5 a 1.
o vermelho e o verde,
mas só quando quero.

quero sim uma só vez,
aquela, assim, pra guardar
só a essência, porque no final
é só ela que basta.
basta porque é o que resta.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

a tecnologia!

Ai, que coisa queridinha! É, esta sou eu, fiz, por incentivo do João, lá no Orkut!!!!

Get your own BuddyPoke!

apenas um brinde ao passado.

príncipe

do nada me veio a vontade de te escrever. ou viria do livro que estou lendo? não importa, tampouco por que justamente a você. não! nada tem a ver com o que aconteceu entre nós ontem, afinal tudo foi mais ou menos como das outras vezes. simplesmente me ocorreu tudo isso e eu tive que escrever.

o fato é que você conhece pouco da minha vida. e eu, o mínimo de ti. nós ainda não somos de fato amigos, mas me peguei pensando que você sabe de coisas de mim que ninguém, ou quase ninguém sabe. e sabe até das coisas que inventei. por que você? não sei.

se uma coisa está te passando pela cabeça agora, delete-a. não, eu não estou apaixonada por você, mas já quis estragar tudo desse jeito. desde sempre eu penso que você tem essa visão das coisas, e eu já quis saber inclusive tudo o que poderia povoar seus pensamentos e que de alguma forma me "linkassem". essas linhas também não têm a intenção de desinflar o teu ego, dizendo que eu não sou mais uma das guriazinhas que se impressionam com uma bela trepada. juro que tudo isto está livre de toda e qualquer ironia.

minha consciência acusa que não há sequer uma relação entre nós. se há, é eventual e superficial. o melhor e o mais importante é que não há vínculo entre nós. o estranho: confio em ti, com um tipo de confiança que desconhecia. ela nada tem a ver com a velha dupla mentira-verdade. afinal o que é a verdade? a mentira com certeza é uma das possibilidades que qualquer acontecimento pode ter, a mais conveniente para o momento, por assim dizer. há os que se ferem e os que riem com ela, é só uma questão de ponto de vista. é preciso dizer que não me importo com a maneira como você se comporta na minha frente, como se eu fosse um homem. ou você definitivamente não liga para o que eu vou achar, ou talvez também confie em mim, da sua maneira.

mais um "talvez" (a certeza é muito improdutiva): talvez pensemos parecido. já estou quase me acostumando a pensar como um homem. hoje li: "não tenha esperança de encontrar pessoas que a entendam, alguém que preencha aquele espaço. uma pessoa inteligente e sensível é a exceção, a grande exceção. se tiver a esperança de encontrar alguém que a entenda, você vai acabar louca de desapontamento. o melhor que pode fazer é entender a você mesma, saber o que quer, e não permitir que as pessoas ordinárias atrapalhem o seu caminho". achei isso bonito e decidi ser generosa com você. e generosidade é uma qualidade em mim, não? meu couro, é verdade, é bem comum, e aos seus olhos pode ser que eu seja mais uma putinha daquelas que você intima quando quer inflar o seu ego. e talvez eu seja. sinceramente, minha preocupação agora é só entender a mim mesma. típico.

pode até ser que você faça parte dessa compreensão, tanto quanto isso poderia ser uma cartinha de amor caipirinha-com-adoçante. rs, não estou drogada ou bêbada, nunca estive tão sóbria. você já me viu chapada, você é perspicaz.

se você leu até aqui, é isso mesmo que está escrito. é um elogio à liberdade, ao pensamento, ao "viver como se gosta". e eu acho mesmo que você vive bem como gosta. um brinde a você.

até logo.
ass: raposinha

.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Da lei seca

Pois bem, diante de tanta polêmica, não poderia ser diferente. Sim, vou dar o meu pitaco.
(Agora que eu quase arrumei uma confusão em família por causa dessas coisas.... aff!)

Concordo que a lei seja radical, mas creio que só dessa forma a sociedade se mobiliza a discutir um problema social sério como é este: bebida + trânsito. Todo mundo se garante, alcoólatra é o “vizinho”, e só se pára pra pensar quando um ente é vitimizado por alguém que bebeu só um copinho... Isso até me faz lembrar da questão das cotas: até a aprovação do projeto, nenhum daqueles candidatos em potencial às vagas na medicina da UFRGS tinha falado em ampliação de vagas ("Até podem implementar o sistema de cotas, mas ampliando as vagas" = "Pode dar mais chances aos desfavorecidos, mas sem mexer no meu!!!"). A falta delas só começou a ser enxergada como um problema, quando atingiu a elite.

Voltando ao que me traz aqui, sim, agora se fala em direito de ir e vir. Acontece que no nosso país só têm esse direito aqueles que têm grana: grana pra ter o seu carrinho, pra abastecê-lo, pra freqüentar baladas, pra comprar as bebidas que ingere. A multa é mais que o dobro do salário mínimo, ok, mas quem tem grana pra ter o carro, abastecê-lo e ainda gastar com álcool, mil perdões, não vive da miséria de um salário mínimo e pode, sim, pagar a multa. Acontece com quem tem carro. O pobre, pobre mesmo, não está sendo afetado com essa lei, porque não teve dinheiro para fazer a CNH, porque nem carro tem. Bebeu, não tem grana pro táxi, não quer pegar um ônibus... azar é o teu. De uma vez por todas, parem de usar o pobre nos argumentos...

Ainda falando naqueles teus direitos de ir e vir, quer dizer que eu tenho que ser vitimizada, porque o teu direito ($) é maior? Porque o teu direito de usufruir dos bens que conquistaste é supremo? O engraçado é que as pessoas querem melhoras, mas só as operadas pelo Estado; ninguém quer abrir mão de nada... Se tu tens o direito, o livre arbítrio de decidir gastar uma parcela do teu salário em bebida de álcool, tembém tens o dever de arcar com os deveres de cidadão. Aquele que bebe e pega no volante, mesmo nunca tendo se envolvido com acidentes, ainda assim é um CRIMINOSO em potencial, pois sabe que está ingerindo uma substância química perigosa. E agora, mais ainda: está infringindo uma lei.

Mais uma ressalva: a lei não está criminalizando a bebida alcoólica, está restringindo o seu uso na posse do automóvel, que pode se tornar uma arma e, aí sim, produzir um crime.

.

.

.