(para Luan)
deitei no teu colo
caí de maduro
tateei o escuro
do abuso d'um desejo
calado, seguro
murmúrio mudo
meu suspiro
silabado...
era só teu nome
curto, alveolado
dedo a dedo
imprimi
meu medo
meu muro,
o rumo
calculado
do acaso
onde me pus
no teu cabelo
escuro
que compus
feito ondas ritmadas
um acordeon, um sax
no abandono
perdido
do teu braço
roça assim
de leve
pulsado
meu adeus
deixa,
digital,
gravado:
um mundo
imaginado
não vivido
inacabado
2 pitacos:
produção em alto nível, então?
agora a moça só quer fazer poesia!
que inveja... vou ler mais o teu blog, pra ver se eu me inspiro.
beijo.
Carol, bonito que dói. O de antes ainda mais me toca. O jazz ali de cantinho aparecendo, a pupila dilatada, a palavra quase inflamada. E tua poesia continua me lembrando a de Ana C. Tudo tão urbano e íntimo ao extremo.
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