Reivento-me na linguagem
Num poema
Mesmo que
Pra isso
Não saia da escrita
Do que sou
E sinto de mim mesma.
Não sei quem seja
Eu, outrem
A vida que levei
Ou só tracei
Ontem.
A vida...
Esta que ora quero,
Por que me esmero,
Ora jogo fora
Relego ao acaso
Das coisas que não sei,
Não controlo.
Comprometo-me,
Mas logo esqueço, desuso
O discuro que exergo
E produzo.
Se lê o confuso
Do que ouço,
Enxerga em palavras
O que sinto,
O que transbordo...
Não! Não busque compreensão.
Reinvento-me porque nada muda,
Porque sendo não sou.
Troco de olhos,
Pois preciso ser outra...
Vejo as coisas que conheço
E ao vê-las
Sinto-as de outra forma:
Reinvento, pois, a vida!
Enxergue o mundo como queira
novo
de outra maneira.
slide
Há 5 anos
6 pitacos:
Adorei, Carol!
=)
lindo!
reinventar-me é o que mais tenho procurado nos últimos anos. é tão difícil para mim, e tão necessário. mas sinto parecido, mesmo mudando-me vejo-me a mesma.
Rever[-se] é fundamental para prosseguir. mas dói... porque deixar pra trás o que se "esmera" é deixar ir um pouco do que fui, do que sou.
"reinvento-me porque sendo não sou" - bravo.
Faço minhas, as palavras do Ed.
Sábio poema!
Sábia poetisa!
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