quarta-feira, 31 de março de 2010

a cada despertar

engreno na escrita
de uma coisa oculta...
uma parte qualquer
de mim mesma
deformada
em linha
reta:
nó.

(queria o claro da escrita
mesmo nada revelando,
preenchendo espaços
tecendo nos versos
dispersos, vazios
nós guturais
lágrima
suor e
sal)


desperto a mesma, dispersa
no vagar dos sonos idos
e sós em leito estreito.
acordo em acorde
pulsante, maior
pálpebras
ardentes
lábios
e sonhos e vidas dormentes
(mas meu corpo, cansado,
lateja - são altas horas!
que barulho é este?)
na madrugada,
a lua a pino.



aspirinas! paracetamóis!
tragam-mos: amenizam...
amortecem  a  dor moral.
meu café,  esquentem-no!
lavarei o rosto  e,  se der,
farei  as preces,  pedirei
pelos  sonhos  partidos
perdidos  no  despertar.

3 pitacos:

Karen Raquel disse...

Lindooooooo =)

... disse...

Deste um nó em meu peito.

=]

Unknown disse...

Simplesmente, demais!

Que lindo amiga!
Como eu queria escrever assim.

Te adoro!
Bj.